Boku no Hero Academy
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Trama do Fórum
A história do fórum se passa após Midoriya e seus amigos se tornarem grandes heróis e viverem suas aventuras. Cerca de 20 anos à frente do anime. Izuku é diretor da U.A e passou o One For All adiante enquanto o restante dos personagens desempenha funções diferentes. O portador da habilidade não é conhecido. All Might e outras lendas de seu tempo já estão mortos ou aposentados. Tudo que ocorrer no anime/mangá não irá interferir no fórum, contudo, podem surgir novas classes e sistemas com base nas atualizações da obra.
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O Lançador de Facas.

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O Lançador de Facas. Empty O Lançador de Facas.

Mensagem por Fumikage Tokoyami Sáb Ago 10, 2019 8:30 pm

Player: Otsugua
Pericia: Arremesso
Descrição: Narre um dia de treino para obter essa pericia, jack lhe apresanta alguem com gostos muito parecido aos seus. mostre desde a chegada ao local, a conversa com jack, a apresentação e o treino. por fim, narre que depois de certo tempo você adquiriu habilidades igualmente boas mas não iguais ao ''Lançador de facas''.
Fumikage Tokoyami
Fumikage Tokoyami
Fama :
216


Lenda

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O Lançador de Facas. Empty Re: O Lançador de Facas.

Mensagem por Otsugua Seg Ago 12, 2019 5:22 pm

O dia estava nublado. Otsugua saía do hospital, com suas roupas de sempre. Um casaco azul, uma camiseta branca por baixo com a estampa do olho de hórus e uma bermuda marrom claro, além de ter o corpo completamente coberto por faixas. Suas vestes estavam lavadas e cheirosas como nunca. Atrás de si, três homens armados com pistolas ocultas dentre suas roupas. 
Aquela situação incomodava o jovem. Jinzaburo sempre fora acostumado a andar e viver sozinho; ter algum tipo de proteção fazia-o se sentir incompetente e frágil. Ele então cessa sua caminhada.


-Está tudo bem Sr.?- Disse um dos capangas.


-Não quero que continuem me seguindo. Podem ir.- Disse Otsugua enquanto voltava a caminhar, os deixando para trás. 


Lentamente, um chuvisco começou a cair. O jovem continuou caminhando, sem se preocupar em se molhar. Ele então entra em uma lanchonete, sentando em uma mesa ao fundo do estabelecimento.
Um garçom se aproximou, entregando o cardápio para Jinzaburo. Ele pede um Omu-raisu e aguarda. O prato chega, e junto ao prato uma ligação.


Jack havia dado um celular a Jinzaburo, para que entrar em contato com ele fosse mais fácil, já que o mesmo não possuía um lar, muito menos rotina definidos. 


-Oh Olá! Conseguiu sair do hospital Anubis? Haha, é assim que te chama por aí agora, sabia?-


-Sim, ouvi falar na TV. Oq vai ser dessa vez? Outro furto despretensioso?


-Não… Dessa vez é algo mais interessante. Você deve ser um ótimo rastreador… Pretendo tirar proveito disso. Quero que encontre um tal de Tatsuda Konosuke.-


-Não é muito mais fácil procurar na internet?-


-E acha que já não tentei isso? O cara é um fantasma, provavelmente usa um nome falso, mas é a única coisa que temos.-


-Porque quer que eu o encontre?-


-Informação. Quero que o vigie por alguns dias… O vi entrando no meu bar enquanto você estava no hospital, e não consegui encontrar nada sobre ele, apenas esse nome. Caso ele se prove alguma ameaça, sinta-se livre para fazer seu espetáculo. Ninguém esconde algo sem motivo.-


-Certo… mais alguma coisa?-


-Não não… Por enquanto só isso.-


Ele desliga a chamada enquanto retira as faixas de seu rosto, comendo com todos ali no estabelecimento o olhando de canto de olho. Algumas partes de seu corpo ainda doíam, até mesmo o simples ato de comer era doloroso. 
Com a refeição terminada, Otsugua deixou o dinheiro sobre a mesa e saiu do restaurante. Enquanto caminhava, flashes da luta que havia tido passavam em sua cabeça. Mal havia chegado em Musutafu e já estava mudando. Um pequeno conflito lentamente crescia dentro do jovem… Uma pessoa que nunca sentiu nada por ninguém, arriscando sua vida para salvar duas moças. Aquilo o incomodava ainda mais. Ele no fundo sabia que algo teria que ser feito. 
Porém, ao longe, sua atenção vou puxada para um aglomerado de pessoas. Todas estavam reunidas na entrada de um beco. Uma viatura estava próxima ao aglomerado. Era arriscado, mas a curiosidade de Jinzaburo o fez se reunir com aquelas pessoas.
Uma cena de crime. Haviam dois corpos… Dois aspirantes mortos. Ambos foram mortos por armas brancas fincadas em suas cabeças. Sem nenhum sinal de combate ou resistência. Em suas cabeças, pequenos machados de arremesso fincados. Machados personalizados, com um modelo único e aerodinâmico. 


-Ouvi dizer que é um assassino em série… A polícia não faz ideia de quem é.- Diz um jovem conversando com seu amigo.


Otsugua percebe que a polícia no local o observava de maneira suspeita, o fazendo logo sair dali.  Uma coisa que com o tempo o jovem adquiria era contatos, facilitando o trabalho de rastreio. 
Ele logo fez isso, entrou em contato com seus capangas, criando aos poucos uma rede, tendo não só olhos, mas ouvidos por uma grande parte de Musutafu. As informações que chegavam até Jinzaburo após usar tal estratégia não pareciam ser muito úteis, o forçando a fazer parte dessa rede, investigando conta própria.


[..]


Semanas se passaram. Jinzaburo e sua rede observaram cada canto da cidade, seguiram centenas de pessoas e descobriram inúmeras informações possivelmente úteis para o futuro, mas nada referente ao seu alvo. Jack já estava ficando impaciente, mas nada se comparava a frustração do jovem.
Com isso, o mesmo assassino responsável pelos homicídios de aspirantes que Jinzaburo havia presenciado semanas antes ganhava cada vez mais fama, matando mais e mais aspirantes e heróis, do mesmo jeito que os corpos foram encontrados. Machados pequenos, facas, kunais, shurikens, discos laminados… o arsenal desse assassino era algo impressionante. 
O assassino estava sendo chamado pela mídia de Night Ghost, já que não havia nada na cena do crime além das armas que usavam, e mesmo assim a polícia não conseguia rastreá-lo.


Até que, em uma noite, Jinzaburo, fazendo suas “atividades extracurriculares”, se encontrava em um beco, surrando um homem extremamente bem vestido com chutes e pontapés.


-Eu só quero saber…. ONDE EU ACHO ASANO NORIHISA!-


-Não sei…. eu não sei eu juro!...- Disse o homem desesperado enquanto apanhava.


Jinzaburo então cessa a surra e se agacha, ficando face a face com o homem ao chão.


-Eu não quero te matar… Só preciso que colabore comigo. Não adianta mentir pra mim, você ainda não entendeu?-


-Eu… Eu juro que eu não sei de nada.-


-Certo... - Jinzaburo então se levanta, segurando o homem pelo pescoço e o força em direção a parede. 


-SOCORRO!! ALGUÉM ME AJUDA!!!- Gritava o homem.


Jinzaburo então difere um forte soco na lateral de seu rosto, o fazendo calar-se.


-Estamos num dos locais menos movimentados de Musutafu… Infelizmente aqui é o último lugar onde será ouvido. Não gaste sua garganta com pedidos de socorro.- Disse Otsugua sacando uma de suas facas. 


O homem vira o artefato nas mãos de seu agressor. Seus olhos se arregalaram e a certeza da morte invadia todos os seus pensamentos.


-Ei! O'Que está havendo aqui?- Disse uma voz alta, retumbante e confiante vinda da saída do beco.


Tanto Jinzaburo quanto sua vítima olharam para o local de origem da voz. Lá estava, Golden Swan! Um dos heróis mais populares e fortes de Musutafu. 


-Parece que hoje é seu maldito dia de sorte.- Disse Jinzaburo dirigindo a fala a sua vítima, mas olhando para o herói com um evidente olhar de desprezo. 


O jovem então larga o homem e arremessa a faca que havia em sua destra em direção ao herói. Mas o mesmo, ao soprar, emite uma poderosíssima ventania que leva a faca de Jinzaburo para trás. Sua individualidade era a Iron Lungs, que o permitia soltar rajadas de vento devastadoras de sua boca. 
Era um adversário extremamente desafiador para Jinzaburo, e o ambiente não o favorecia. O jovem estava cercado e em um caminho linear, qualquer tentativa de ataque seria facilmente defendida pelo herói. Mas Otsugua então volta a serenidade, lembrando que o refém ainda estaria ao seu lado.


-Tente qualquer coisa e ele morre.- Disse o jovem segurando o homem por trás, enquanto mantinha a lâmina de sua faca sobre o pescoço do mesmo. 


O herói já esperava por essa, e então sorriu. Emitindo uma forte e concentrada rajada de vento na mão de Jinzaburo, com uma precisão absurda, o herói faz com que ele largue a faca. Nessa brecha, o herói avança com uma velocidade absurda em direção ao jovem. 


Porém, no caminho, o herói parou, com os olhos arregalados enquanto caía ao chão. Caído, era possível ver atrás de sua cabeça uma kunai, completamente inserida em seu crânio com brutalidade. 
Na entrada do beco, um homem loiro, pele branca e vestes negras simples se mantinha de pé, com outras duas Kunais entre seus dedos. O homem parecia ignorar completamente a presença de Jinzaburo e seu refém, focando seu olhar apenas no herói enquanto de seu bolso puxava um celular.


-Alô? Sim, feito… Do outro lado da cidade?... Não sei se consigo chegar a tempo…- Dizia o homem ao celular enquanto guardava suas kunais. 


Jinzaburo vendo aquela cena ficou confuso, mas por instinto, foi em direção a sua faca caída ao chão e com uma velocidade surpreendente a arremessou em direção a figura misteriosa.
Seu alvo, segurou a faca arremessada entre os dedos, com sua ponta a poucos milimetros de distância do olho do mesmo. O homem então focou seu olhar para Jinzaburo, o olhando de maneira intrigada.


-Certo certo… Vou ter que desligar… Mais tarde entro em contato.


Jinzaburo estava sem palavras. Sem dúvida não era um adversário que ele poderia enfrentar. O homem portanto, fez mais uma demonstração desse fato, arremessando a faca de Jinzaburo de volta para o mesmo. A faca arremessada passou dentre os cabelos do rapaz com uma velocidade absurda, fazendo ele ficar sem reação. Após isso, homem seguiu a rua, saindo do campo de visão de Jinzaburo. O jovem desesperado correra para fora do beco, na tentativa de avistá-lo ainda caminhando, mas seu alvo havia sumido. 
Aquele acontecimento marcou sua cabeça. Jinzaburo ficava relembrando aquele momento de total impotência a noite toda, nem sequer imaginando em dormir.


No dia seguinte, enquanto caminhava por uma avenida no centro de Musutafu, ele escutara alguém correndo.


-Ei!... Ei!... É você!... Finalmente te achei.- Gritava.


O jovem se vira, vendo a mesma pessoa da noite passada, que havia o humilhado, correndo em sua direção. O homem se aproxima ofegante.


-Finalmente… Uh… Olha…. Sobre… Sobre ontem… Eu… Eu peço desculpas…


-Quem caralhos é você?..- Disse Jinzaburo indignado.


-Ta-Tatsuda… Me chamo Tatsuda Konosuke… E você..?


Naquele momento todos os sentimentos de Jinzaburo foram substituídos por um ódio colossal, o qual ele tivera que reprimir ao máximo devido ao ambiente e a situação.


-Eu… Preciso falar contigo… Quer comer… em algum lugar?- Dissera ainda ofegante.


-Claro…-


Jinzaburo e Tatsuda foram até uma lanchonete vazia, um pouco afastada do centro. Se sentaram em um local discreto e ficaram se olhando por alguns segundos. Tatsuda o olhava com uma constante intriga e admiração, enquanto Jinzaburo mantinha um olhar frio que servia como barreira para as enormes chamas que o consumiam internamente.


-Ontem, aquela faca que você jogou… Onde conseguiu ela?-


-Presente.


-Entendo… Onde aprendeu a usá-las?-


-Sozinho.-


-Eu achei espetacular; você tem jeito pra isso.-


Jinzaburo esperava tudo, menos aquilo. Seu ódio o cegava para uma análise facial simples, fazendo-o ser surpreendido por tal comentário.


-Eu tenho uma proposta. Me encontre às 02:00 no parque Nomura. Quero que seja meu aluno… Um potencial como o seu, eu não posso deixar passar. O que me diz?- Disse Tatsuda se levantando da mesa.


-Estarei lá.- Disse Jinzaburo o observando, agora não mais sob o efeito da cegueira do ódio.


O jovem era emocionalmente instável, mas sabia muito bem administrar tais emoções em prol de seu intelecto. Seus objetivos eram adquirir informações sobre seu alvo, mas ele não pretendia informar Jack sobre tal encontro.
E assim fez. Omitiu tal informação de Jack e compareceu ao parque no horário estipulado. Jinzaburo estava acompanhado por capangas que se escondiam no ambiente, prontos para atacar ao sinal do mesmo.


-Ah! Aí está você… Achei que não viria.- Disse Tatsuda sentado em um banco iluminado pelo poste. 


-Sabe… fez bem em trazer seus capangas, mas isso aqui não é uma emboscada, relaxe.-


Jinzaburo novamente se mostrou surpreso. Ele estudou o ambiente no qual se encontraria com Tatsuda e escolheu as rotas mais discretas para posicionar seus capangas.


-Vamos começar.


Tatsuda então se levanta, ficando de frente para Jinzaburo a nove metros de distância.


-Quero que atire uma de suas facas em mim.-


Sem hesitar, o jovem fez o que lhe foi pedido, arremessando uma faca de uma maneira extremamente rápida, onde atingiria qualquer um que estivesse em seu caminho. Mas não foi o suficiente. Tatsuda inclinou corpo para o lado, conseguindo pegar a lâmina arremessada pelo cabo. 


-Você é previsível. Até demais eu diria.- Disse Tatsuda brincando com a faca de Jinzaburo entre os dedos.


-Além de lhe faltar velocidade, força e precisão… você precisa de perspectiva. Nem todos conseguiram segurar seus projéteis, isso é fato… mas alguém experiente o suficiente pode vê-los se aproximando e tomar uma atitude nesse meio tempo… Seja desviar ou até mesmo soprar pra longe.- Complementou enquanto ria com o canto da boca.


Mesmo tomado por frustração, jinzaburo guardava tais palavras para si. 


-Quero que pense no seguinte…- Disse Tatsuda arremessando a faca de Jinzaburo de volta, porém, usando uma técnica onde a mesma fazia uma curva em pleno ar, passando bem próximo do olho do rapaz e desviando para uma árvore ao seu lado.


-Esqueça as facas, lâminas, objetos cortantes, perfurantes ou perigosos. Vê essa pequena pedra ao seu lado? Quero que a use desta vez. -


-Eu não vou jogar pedras.-


-Entendo… Então viva na mediocridade. Se enfrentar alguém como eu por aí, provavelmente morrerá sem nem ver de onde.- Disse Tatsuda em um claro tom de deboche enquanto caminhava na direção oposta em que Jinzaburo se encontrava. 


Logo o jovem percebera a sinuca em que se meteu. Ele rapidamente abaixou, pegou a pedra e a arremessou com toda a força que tinha na direção de Tatsuda. Mas o mesmo segurou a pedra entre os dedos, ainda de costas.


-Entende oque eu digo? Seus projéteis são lentos, fracos, imprecisos, previsíveis… E agora, barulhentos. Temos muito trabalho pela frente…-


Jinzaburo, após tal feito, percebera o lugar onde se encontrava. Entre ele e Tatsuda, havia um abismo de habilidade. A noite foi árdua. Os braços de Jinzaburo doíam… Lentamente o sol se revelava e o jovem ainda não conseguira atingir uma pedra sequer em Tatsuda. 
A paciência de Otsugua se esgotava, mas aprender com aquele homem era essencial tanto para si mesmo quanto para a missão que Jack lhe havia dado.


-Sabe… Eu achei que pra um assassino que conseguiu matar o líder da máfia Nikuya você fosse mais competente… mas parece que seu talento era apenas sorte de principiante.- Disse Tatsuda, observando o jovem já exausto.


Apenas xingamentos passavam na cabeça de Otsugua que se mantinha calado.


-Certo… Agora eu irei te ensinar como atirar objetos de verdade. Imagine que você irá lutar com todo o tipo de gente… desde caras “desarmados” até bandidos armados com armas de fogo, heróis e vilões… Acredito que você não pretenda usar armas de fogo então terá que ser superior a elas se quiser se manter vivo.-


Tatsuda então arremessa uma pedra na árvore que estava ao seu lado, fazendo a pedra perfurar fundo em seu tronco com uma velocidade admirável.


-Você deve saber o equilíbrio perfeito pra causar muito dano, sem usar quase nada de força… E isso vem com a técnica e velocidade. E como você não é um revólver, deve atirar seus projéteis de maneira silenciosa e precisa, se não quiser que a pessoa desvie.-


Ele se aproximou de Jinzaburo, ficando ao seu lado enquanto entregava a ele uma pedra. 


-Lembre de todas as falhas que você teve essa noite… Tire a força bruta de sua mão e a converta em velocidade… Focalize seu alvo e segure a pedra na posição que a mesma corte mais fácil o ar, gerando o mínimo de atrito possível…-


O jovem então fechou os olhos, focando-se completamente no projétil em sua mão e em seu alvo. Nada mais existia a sua volta. Então, após respirar fundo e posicionar a pedra, Jinzaburo fizera seu arremesso, retirando toda a força bruta de seu braço e convertendo em velocidade. A pedra fora uma linha reta perfeita, acertando o tronco de uma árvore e o perfurando.
A perfuração não havia sido algo de se impressionar, mas Jinzaburo havia percebido quanta diferença fazia a técnica. 


-Nossa… Não imaginei que fosse conseguir tão rápido. Mas infelizmente foi horrível. Tente novamente.


Jinzaburo então seguiu, agora fazendo uso da técnica que fora lhe passado, vendo diferença a cada arremesso. Logo o jovem já estava danificando boa parte das árvores a sua volta apenas com pequenas pedras. 
Então, após algumas horas treinando e evoluindo, Tatsuda o entregou uma das facas de Jinzaburo em suas mãos.


-Agora faça a mesma coisa, tentando com isso dessa vez. Faça as mesmas coisas de antes… procure uma posição onde o projétil tenha menos atrito com o ar na trajetória, otimizando seu movimento e exigindo menos força do seu braço.-


Assim o jovem fez, se concentrou e logo arremessou sua faca. A mesma penetrara fundo em uma árvore, de maneira firme e brutal, sem que o jovem exigisse tanto de seu braço como exigia antes. Em uma noite com Tatsuda, Jinzaburo havia evoluído mais do que anos treinando por conta própria. Algo realmente surpreendente.


[...]


Ele continuou treinando, encontrando Tatsuda em situações esporádicas e aprendendo cada vez mais com ele. Um bom tempo se passou até que Jinzaburo havia chegado em um nível considerável, ainda longe de Tatsuda em quesito arremesso, mas muito superior do que seu antigo “eu”. Ele aplicava suas habilidades nas mais diversas situações, não só aprendendo a arremessar suas facas mas inúmeros outros objetos letais e não letais. Técnicas diferenciadas e personalizadas para cada objeto, cada material, cada forma… Uma evolução essencial para a jornada de Otsugua e algo que o mesmo guardaria para o resto da vida, aprimorando cada dia mais e mais. 

-Alô?... Jack? Eu encontrei o alvo que você me pediu, o observei por um bom tempo. Não apresenta ameaça alguma.- Disse Jinzaburo enquanto se mantinha no alto de um prédio, observando Tatsuda entrar em uma construção abandonada próximo dali com um de seus olhos remanescentes. 


-Certeza? Espero que esteja certo. Só fiquei impressionada que você demorou tanto tempo pra me dar essa informação… Da próxima vez me lembre de chamar alguém melhor. 


Jinzaburo sabia que o tempo foi necessário. Mesmo sendo um pupilo, ele sabia separar seu trabalho de sua vida pessoal, detectando cada movimento de seu professor, até chegar na construção onde o mesmo havia entrado. Jinzaburo pretendia entrar em contato, já que suspeitava de um possível grupo de pessoas tão capacitadas quanto Tatsuda. 





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